sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Vida colorida

“O que falta nesse mundo é um pouco mais de brincadeira em tudo.”
(Primeira frase do maravilhoso documentário "tarja branca", que já foi foco de uma postagem aqui).


Ao abrir o facebook hoje tive uma grata surpresa: ver a relação que minha cunhada fez entre uma linda imagem e um pensamento ainda mais lindo com uma imagem de minhas meninas. Fiquei emocionada!



 
 
 
Concordo plenamente... Viver a vida colorida exige de nós uma postura ativa, positiva, 'colorível', o que aqui em casa, todos temos, principalmente meus filhotes!




Orgulho e gratidão por darem mais cor ao nosso mundo.
 
Cada vez mais, conheço e reconheço que existem muitos jeitos bacanas de criar filhos, sendo o mais importante, como pais, agirmos com nossas verdades. Por isso, outra coisa aqui de casa, é que pintura no corpo de Carolina, Isabel e Mateus durante MUITO tempo, só acontecerá assim... dentro do universo lúdico!

“Brincar é afirmar a vida, é alegria, é viver em plenitude e liberdade”. (Lydia Hortélio)

Pintar-se para brincar, para explorar o corpo, esse universo de possibilidades. Para celebrar, comunicar, sentir. Para se olhar no espelho e se reconhecer e se conhecer mais. Para se descobrir bonito, diferente, esquisito, engraçado, assustador... de muitos jeitos! Para se esconder, para aparecer. Para olhar o outro e se reconhecer no outro também, para se inspirar e querer se aproximar, fazer parte, ou o contrário, se distanciar, se diferenciar. Para copiar e criar. Para viver o momento, intensamente, e ao mesmo tempo se conectar ao passado, com nossas memórias de crianças e com nossos ancestrais que desde tempos remotos vivem experiências corporais. Para recuperar nosso destino e potencializar nosso futuro, reafirmando nossa essência: o que nos une e nos distingue. Para colocar nossas vidas vivas, portanto, em movimentos constantes.


"Se a humanidade tem futuro, ela vai retomar por aí: pela infância." (Lydia Hortélio)

"Brincar é o maior exercício de liberdade que podemos ter." (Lydia Hortélio)

Assim como no livro "As tranças de Bintou" as crianças terão, sabiamente, muito tempo depois para se pintarem ou se arrumarem por vaidade ou para viverem uma rotina de adulto frequentando salões de beleza, por exemplo, na lógica (perigosa) de que 'precisam' ficar arrumadas e bonitas, e só dessa forma o são. Ao meu ver, até mesmo para o mundo dos adultos tal ideia pode ser quebrada! Isso sem falar na necessidade de ampliarmos nossas referências de beleza...

De todo modo, isso não significa que mesmo nesse cenário mais cuidado algumas vaidades não apareçam nas crianças. Isabel, por exemplo, anda encantada por saias "quero saia pra ficar bonita, mamãe" e muitas vezes quer me imitar "Mamãe, quero saia igual você". Tem muita coisa envolvida nessa relação, principalmente afeto. Isabel já sabe quanto carinho tem de minha parte para com ela quando cuido dela no banho, na secagem, na hora de escolher a roupa, arrumar o cabelo, cortar a unha assim como ela vê em que estou me cuidando.

"As descobertas e aprendizados que fazem os meninos do Mundo entre eles mesmos, desde sempre, constituem o que podemos chamar de a Cultura da Infância, ou seja, o acervo das experiências em plenitude e liberdade do Ser Humano ainda novo.

Todo o universo que compõe o imaginário da criança reúne desde os aspectos históricos e sociais até as tecnologias de educação e comunicação mais atuais, e passam necessariamente pelas brincadeiras em suas diferentes formas e pela arte criada por elas e para elas." (Lydia Hortélio)

Sabemos que  criamos aqui em casa um cenário favorável, com nossos olhos e gestos cuidadosos, para que essa e outras experimentações similares sejam parte de uma brincadeira leve e gostosa, com o único compromisso da brincadeira em si.

Seguem dois momentos em que minhas pequenas deram uma solução para seus desejos de pintar a unha, ficando felizes e satisfeitas com o resultado!!!





PS: Tá bom, confesso que muitas vezes o mesmo não ocorre comigo por conta da bagunça ainda mais em época de racionamento de água em São Paulo...kkkk


Por fim, segue uma iniciativa bem interessante de que até mesmo boneca tem que ter cara de criança! Porque isso certamente repercute na infância de quem se relaciona com ela - Tree change dolls.


 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário